Casal estava
junto há 17 anos, segundo o próprio suspeito| Foto:
Reprodução/Vídeo//Reprodução/Redes Sociais
Brigas e traição: o que alega o homem que matou
a esposa a marretadas na Bahia
Ramon
de Jesus foi preso em flagrante por feminicídio.
21/08/2025
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(Jornal
Massa) - O homem preso em flagrante pelo assassinato
da contadora Laina Santana Costa Guedes, de
37 anos, em Lauro de Freitas, relatou em depoimento
à Polícia Civil que desconfiava de uma possível
traição da companheira pouco antes da briga
que terminou com a morte dela.
O crime aconteceu na noite desta terça-feira
(19), no apartamento onde eles moravam.
A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu
aos ferimentos. O sepultamento de Laina ocorreu
na tarde de quarta-feira (20), no Cemitério
Bosque da Paz, em Salvador.
Identificado como Ramon de Jesus Guedes, o suspeito
contou que manteve relacionamento de 17 anos
com Laina, com quem teve duas filhas. Segundo
ele, a relação era marcada por conflitos e chegou
a ter um período de separação de nove meses.
Relato do suspeito
No depoimento, conforme divulgado pelo portal
g1, Ramon disse que, na noite anterior ao crime,
houve uma discussão com a vítima que terminou
em relação íntima.
Na manhã seguinte, o casal voltou a discutir
após Laina ter dito que a relação da noite anterior
teria sido "sem vontade".
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O homem que, ao chegar ao condomínio no retorno
do trabalho, teria visto a companheira dentro
de um carro com outra pessoa, o que provocou
uma nova briga. Ele afirmou ainda que notou
a presença de uma viatura da Polícia Militar
e questionou Laina, que respondeu que havia
acionado ajuda por se considerar vítima de violência
psicológica.
De acordo com a versão apresentada à polícia,
Ramon tentou sair do imóvel, mas disse ter sido
impedido pela companheira. Nesse momento, afirmou
ter perdido o controle e golpeado a mulher com
uma marreta. Questionado pela polícia se acreditava
que Laina havia morrido no momento, respondeu
que apenas percebeu que ela estava desacordada.
Tentativa de
fuga e suicídio
Ainda segundo o depoimento, após a agressão,
Ramon tentou sair pela porta, mas recuou ao
ver policiais e vizinhos do lado de fora. Ele
então tentou se jogar da varanda, mas foi convencido
a desistir por uma testemunha, e acabou caindo.
O suspeito contou que não se recorda dos momentos
seguintes, apenas de quando foi levado para
o Hospital Menandro de Faria pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele também
confirmou que as duas filhas, de 5 e 12 anos,
presenciaram a briga.