De
acordo com informações correntes nas redes
sociais locais, a cidade de Ipirá, situada
na Bacia do Jacuípe, a 210 km da capital
do Estado, pelo menos na manhã deste sábado
(12), se encontrava sem médico plantonista
para atender a população.
Em nota publicada nas redes sociais, uma
enfermeira plantonista que não teve o
nome divulgado disse:
“Estou finalizando o plantão na Upa. Infelizmente
comunico que os médicos acabaram de sair
e o Dr. Rui informou a paralisação da
classe. Upa sem médico. Porém, equipe
de enfermagem presente. Desejo que esta
situação tão crítica seja resolvida urgentemente
em prol da saúde da população e dos pacientes
internados na unidade. Triste realidade”.
“Recomendamos que em casos mais graves
como acidentes, os pacientes deverão ser
transferidos para atendimento em outros
municípios. Fomos pegos de surpresa e
existem aqui na unidade pacientes que
necessitam de acompanhamento médios e
não temos como transferi-los, por causa
da regulação”. Disse outro profissional
de saúde, nas redes sociais locais.
Esta notícia, esta situação, é mais um
absurdo que a cidade vive. Um município
com 62 mil habitantes, onde a incidência
de contaminação por covid-19 chegou a
88 novos casos nas últimas 24 horas, e
mesmo assim a unidade de Pronto Atendimento
(UPA), não conta com um único profissional
de saúde para pelo menos orientar os necessitados
de atendimentos mais urgentes
Segundo informações obtidas através dos
nossos contatos, as 12 horas, deste sábado
(12), a unidade medica estava à espera
de um médico. Mas ninguém sabe se realmente
a notícia procede. E se tiver medico a
partir de que horas se dará o atendimento
médico?
Também ninguém sabe prestar, com certeza,
esta e outas informações a respeito de
médico que possa atender a população,
utilizadora de um serviço, em que a grande
maioria dos usuários não possui a mínima
condição de pagar a um médico particular.
Ainda frisando que é mais um direito do
cidadão, que está sendo desrespeitado,
desprezado e omisso.
Brinca-se irresponsavelmente com a vida
do povo. Se um menos afortunado realmente
estiver em uma emergência de atendimento,
sem saber se espera, sem saber o que fazer,
vidas poderão ser perdidas.
Imagine a dor, o sofrimento de um pai
de família, em uma situação desta, diante
de um quadro de vida e morte, sem recursos
locais para prestar o mínimo de atendimento.
Uma situação desta configura-se em crime,
de insensibilidade, de irresponsabilidade
e de injustiça humana.
Ética, compaixão, humanidade. Vidas em
primeiro lugar.
Deus tenha piedade de Ipirá e de seu povo.
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